O ciclo Janelas sugere um olhar íntimo para “a casa do vizinho”, através das janelas e frestas, os varais como algo que a gente observa de longe e, de modo pitoresco, admira. O varal aparece também como um aparato que conta o tempo do cotidiano: a roupa do trabalho, a roupa da festa do final de semana, a toalha de um almoço com os amigos, as meias do jogo de futebol… Em Janelas trata-se de um varal onde não há roupas e sim a suspensão e a contagem do tempo. Nas performances e instalações dessa série, tecidos são tingidos e pendurados, como uma abstração de um varal que poderia ser um varal imaginário, um varal de possibilidades de qualquer um, ou todos os varais que existem. Nesse ciclo iniciei a pesquisa com tingimentos de tecidos que mais tarde se desdobrou em diversos outros trabalhos.

LINK para o vídeo (registro de Danielly Omm)